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As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto

Entre as deambulações solitárias e a relação com a alteridade este romance leva-nos ao cerne das questões contemporâneas que inquietam um espírito vivo como o do personagem principal “Filó”. Um reflexão profunda entre o questionamento solitário das rotinas que temos enraízadas no espírito e a relação com a comunidade, sozinho ou acompanhado por aqueles com quem partilha a vida. A verdade desassossega, mas por vezes a sua busca pode ser ainda mais inquietante. Em torno da mesa do café, ou  na associação "Estrela Vermelha", sempre rodeado dos mais próximos, Filó procura as cogitações que podem voltar a instalar a quietude na sua alma. Da solidão máxima da introspecção do seu ego, esta é uma rica demanda que não deixará ninguém indiferente. Mas não nos apressemos a levantar o véu sobre as "inquietações" que serão objecto desta narrativa.

COMENTÁRIOS AO LIVRO

"Achei que este livro foi escrito um pouco ao estilo patchwork, ou, para não usar estrangeirismos , tipo manta de retalhos. Faz lembrar o caderno de apontamentos que a personagem principal trazia sempre consigo, no qual tomava todo o tipo de apontamentos, desde pensamentos que recolhia em livros que lia, a notas das suas sessões com a psiquiatra que consultava, ou os poemas que escrevia.
Tem uma pequena história de fundo que enquadra toda a trama e, expurgada do que poderíamos chamar "palha", se contava em meia dúzia de páginas. Os espaços são preenchidos com o mais variado tipo de assuntos, como comentários à situação política do país, dezenas e dezenas de ditados populares, citações de pensadores e autores célebres, poesias que o autor põe na boca ou na pena da personagem principal, o Filó e até anedotas. Tudo acontece em três cenários diferentes: a esplanada da pastelaria do Zé do Café, onde Filó faz as suas perorações e mostra a sua elevada cultura aos embasbacados frequentadores daquele espaço, a Associação Estrela Vermelha, onde decorrem as tertúlias de poesia e as récitas teatrais, e a biblioteca, onde trabalha a "insossa" da Liza que acaba por ter um papel inesperado na história.
A propósito e a despropósito, o autor insere na boca das personagens dissertações sobre os mais variados temas, como as teorias de Freud ou de Einstein, complicadas exposições sobre física nuclear ou a leucotomia pré-frontal de Egas Moniz, referências a livros como 2012 - O Segredo das Profecias Maias, A Profecia Celestina, O Diário de Anne Frank ou obras de Osho, Deepak Choppra ou Daniel Goleman.
O reduzido número de cenários e a sua estaticidade fazem lembrar uma peça de teatro. Aliás, parece-me que esta história ficaria muito mais bem contada numa comédia em três ou quatro atos.
De qualquer modo, estamos perante um livro de crítica social, que dispõe bem e deixa um sorriso nos lábios a quem o lê." - ver em http://www.segredodoslivros.com/sugestoes-de-leitura/as-animadas-tertulias-de-um-homem-inquieto.html

Sebastião Barata (crítico literário)

 

 

"Faz lembrar a escrita neorrealista, mas é mais profunda (…) e abundam as reflexões duma forma subtil e quase sem nos apercebermos. Além disso tem pitadas de humor que tornem o estilo leve e quase jornalístico. Parece-me ainda que o romance é um belo exemplo de pedagogia que envolve o leitor para pensamentos de grandes autores que são instrutivos e são um belo escape para a vida. (…) Nesta personagem [coletiva] há um lado telúrico e afetivo que, apesar de tudo, reage ao desespero dos dias e procura através da leitura, da pintura, da música e da relação interpessoal, ser solidária e acreditar no futuro. " 

Manuel Cardoso Catarino

 

"(…) [Tem como] mensagem principal: energias negativas/ energias positivas/ terapias de grupo, num cenário depressivo na nossa sociedade atual, é de extrema importância no momento presente. Os conflitos de natureza psíquica, uns, social e cultural, outros, (recalcamento de medos, necessidade de reconhecimento, indispensável ao estabelecimento de equilíbrios para alcançar um estatuto, os silêncios como seu instrumento, ou a necessidade de viver em plenitude, desvalorizando problemas de saúde (energias positivas) como acontece com a Luísa, personagem bem conseguida, por ser o motor de transformação e a executora dessas terapias. Outros personagens movem-se de harmonia com o seu quadro sócio/profissional, (…) o Filó parece saber utilizar bem os ensinamentos de [Daniel] Goleman. (…) A terapia na esplanada, nos ensaios de teatro, na Associação, garante um desfecho conseguido."

Manuel Leal

 

"Tema bastante atual (…) sendo a história do Filó e dos amigos a nossa história (…) Como leitora, quando gosto muito de um livro, não quero que ele acabe. Isto é um ponto a favor [deste livro]."

Jovita Capitão

 

"Resplandece uma linguagem clara, concisa subjacente a uma densidade psicológica muito profunda... diria que é uma escrita com alma e, sobretudo, muito ligada ao nosso quotidiano (…)."
Elisete Afonso

 

"Parece-me uma história bem construída assente em personalidades com problemas mais ou menos complexos (…)."
António Campos

 

"O leitor fica agarrado (…) com o diálogo feito de uma forma realista, que parece que estamos à mesa a tomar o café com o Filó, (…) a amizade, confiança e intimidade que tem com [os amigos e] outras personagens (…) com os seus hábitos, gostos, dramas, estados de espírito, filosofias [de vida], análises, etc. É o mesmo que estar no café da esquina com os amigos habituais, [falando de diversos] temas e com as “pancadas” que cada um tem de acordo com as suas vivências. Muito bem escrito."

Maria Manuel Pires

 

"Um livro de fácil leitura (…) Adorei-o assim como às piadas de paquera que você arrumou."

Cida Vasconcellos

 

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